O que ganhamos com o satélite brasileiro?

Os satélites ajudam os cientistas a estudarem a terra e o espaço, assim como a prever o tempo e o clima. Eles medem gases na atmosfera, como ozônio e dióxido de carbono, e a quantidade de energia que a terra absorve e emite, por exemplo.

Os satélites também monitoram incêndios florestais, vulcões e fumaças – a história dos satélites brasileiros possui algumas décadas.

O Brasil lançou o seu primeiro satélite em fevereiro de 1993, chamado SCD-1, por intermédio do foguete Pegasus, no Cabo Canaveral, Estados Unidos.

Depois disso, foram também lançados o CBERS-4A e o FloripaSat1, por intermédio do foguete LM-4B. O evento ocorreu na China, em dezembro de 2019.

Mais recentemente, no dia 28/02/2021, foi lançado o satélite brasileiro Amazonia 1 – o primeiro satélite de observação da terra 100% projetado, testado, integrado e operado nacionalmente. 

Neste post, vamos mostrar a importância desse satélite para o Brasil, suas características técnicas e como aconteceu o seu lançamento. 

Por que construir o primeiro satélite brasileiro? Quais suas vantagens?

O projeto de construção do Amazonia 1 teve início há oito anos, na sede do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, e envolveu diversos pesquisadores e um investimento de R$ 400 milhões.

Com o desenvolvimento do Amazonia 1, o Brasil conquista autonomia no processo de desenvolvimento e operação desses equipamentos, abrindo novos cenários para empresas do setor aeroespacial. 

De acordo com INPE/MCTI, o satélite Amazonia 1 foi desenvolvido com a missão de colocar em órbita um dispositivo para atender as demandas nacionais de monitoramento da Amazônia brasileira.

É o terceiro equipamento a formar o sistema Deter, e suas imagens de alta resolução servirão para monitorar o desmatamento da Amazônia, as regiões costeiras do país, desastres ambientais, reservatórios de água e florestas, além de apoiar o setor de agronegócios.

Quais as vantagens do Amazonia-1?

Lançado no dia 28 de fevereiro, na Índia, em Sriharikota pelo Satish Dhawan Space Centre, o Amazônia 1 passa a ser o primeiro satélite de produção e desenho nacional. Ele possui uma Plataforma Multimissão (PMM) – estrutura inovadora desenvolvida pelo INPE/MCTI -, que se adapta aos propósitos de diferentes missões e, com isso, reduz custos de projetos espaciais. 

A plataforma conta com subsistemas de controle de altitude, órbita, propulsão, gerador solar, suprimento de energia e estrutura mecânica para garantir a operação do satélite em órbita, e ainda possibilita que a indústria brasileira possa trabalhar no desenvolvimento de novos satélites, com outras finalidades.

E mais ainda, neste processo, foram destinados 60% dos recursos do orçamento de produção do satélite brasileiro para contratos de fabricação de subsistemas e equipamentos com a indústria nacional.

Quais as novas oportunidades para o monitoramento brasileiro?

O Inpe vai coordenar todos os movimentos do satélite que vai enviar sinal para três seguintes estações de monitoramento no Brasil: 

  • Cuiabá (MT);
  • Alcântara (MA);
  • Cachoeira Paulista (SP).

Composto por um módulo de carga útil e um de serviço, o Amazônia 1 possui 4 metros de comprimento e 640 kg, possui geradores solares, sistemas de propulsão, câmeras, antenas e um gravador digital de dados desenvolvidos no Brasil.

O satélite vai ficar há 752 quilômetros acima da superfície da terra em uma órbita entre os pólos norte e sul, e vai capturar imagens em alta resolução

Com a disponibilidade de imagens de satélite, o Brasil ganha com essa tecnologia e muitas indústrias e organizações também. Do varejo à agricultura, nos setores público e privado, estamos numa transformação e quem quiser se beneficiar deve aproveitar esta oportunidade.

Quer saber mais sobre imagens de satélite? Leia: Imagens de satélite e os benefícios do SecureWatch.

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