Plataforma de dados espaciais auxilia no desenvolvimento de cidades e estados: IEDE-RS.

Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais do Rio Grande do Sul (IEDE-RS) apresentado por Maria do Socorro Barbosa no Seminário Esri Sul 2019. Ao lado, texto "case: IEDE".

As cidades são aglomerações complexas de casas e prédios, ruas e estradas, parques, bairros, shopping centers e plantas industriais – elas se beneficiam de distâncias curtas entre suas áreas. O que acontece em um local em uma cidade está relacionado ao que acontece em áreas próximas e também a outros atributos desse local.

Localização, padrões de uso da terra, distâncias e interações, são conceitos fundamentais de uma abordagem geoespacial, sugerindo que a tecnologia GIS é essencial para o gerenciamento da cidade e as ideias de uma cidade inteligente.

Não é de surpreender, portanto, que neste novo mundo de abundantes recursos digitais, as mentes dos governantes das cidades, corporações e até indivíduos, tenham se voltado para maneiras pelas quais a cidade pode se tornar “mais inteligente”. 

Nesse sentido, a Codex em conjunto com a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) do Rio Grande do Sul, elaborou uma Infraestrutura de Dados Espaciais (IEDE-RS).

Base cartográfica de dados atualizados evita duplicidade e desperdíciosIEDE-RS

A implantação da primeira versão da plataforma tecnológica da Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais do Rio Grande do Sul, conhecida como IEDE-RS, solucionou as adversidades por meio de uma base cartográfica atualizada e a associação de ações de integração, organização, padronização e disponibilização dos dados geoespaciais existentes. Evitando com isso, a duplicidade de aquisições e o desperdício de recursos públicos. 

Com o IEDE-RS agora é possível implementar o desenvolvimento econômico e social do estado, a partir da elaboração e execução de políticas públicas voltadas à modernização da gestão pública estadual.

Veja um vídeo descrevendo como foi a elaboração desse projeto clicando aqui.

O projeto combinou tecnologias e estratégias digitais para disponibilizar de forma ordenada os dados geoespaciais do estado, ofertando uma nova base cartográfica do território riograndense.

A plataforma IEDE-RS foi entregue em agosto de 2019, pela Codex ao Governo do RS. Os dados contam com a possibilidade de implementar o desenvolvimento econômico e social, a partir da elaboração e execução de políticas públicas voltadas à modernização da gestão pública do estado.

Em suma, uma ‘cidade inteligente’ pode ser definida como uma cidade que explora a tecnologia digital com o objetivo de melhorar sua operação e gerenciamento, abordando problemas que afligem a cidade moderna.

Esri Sul discutiu a transformação digital em Governo Estadual

Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais do Rio Grande do Sul (IEDE-RS) apresentado por Maria do Socorro Barbosa no Seminário Esri Sul 2019.

A plataforma foi tema de case no evento Esri Sul, ocorrido em novembro, na Puc em Porto Alegre. O tema foi a Transformação Digital em Governo Estadual, onde a Gestora do projeto, Maria do Socorro Ramos Barbosa, apresentou o case do IEDE (Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais) desenvolvido pela Codex.

Conforme Maria, com essa infraestrutura de dados, o governo quer subsidiar o processo de planejamento e disponibilizar dados no plano espacial. “A IEDE-RS otimiza gastos de recursos públicos que podem ser utilizados por diversas secretarias e usuários”, destaca.

Veja Maria do Socorro explicando o projeto durante o evento Esri Sul clicando aqui.

De acordo com Marlos Henrique Batista – Diretor executivo da Codex, a IEDE é um grande marco dos dados espaciais, e pode ser vista como uma das promoções para conversão hoje, do modelo tradicional e convencional das políticas públicas com um olhar da transformação digital. 

Com a plataforma, o RS tem a possibilidade de acessar um novo modelo de aplicações, como explica Marlos. “O IEDE-RS, permite que o estado, dentro de uma estrutura central, gere capacidade de conexões com diversos atores sociais: a iniciativa privada, o cidadão e outras secretarias e órgãos de estado, sem dissociar a cultura, a formação, a base. Ele centraliza essas informações e espacializa, distribui aplicações e resultados. Dentro do processo, a ferramenta IEDE-RS também pode ser vista como um componente de internet das coisas, onde você, cada cidadão e cada secretaria é um desses sensores”, destaca.

Cidadãos inteligentes

Ao inserir sensores em infraestruturas municipais e criar novas fontes de dados – incluindo cidadãos por meio de dispositivos móveis – os gestores podem aplicar a análise de Big Data para monitorar e antecipar fenômenos urbanos de novas maneiras e, assim, gerenciar eficientemente a atividade urbana para o benefício de ‘cidadãos inteligentes’.

O cenário urbano gaúcho agora pode mudar. “Então, o estado agora conta com essa ferramenta, com um conjunto de dados multisetoriais que se estendem de atividades econômicas, complexas infraestruturas, saúde, educação, saneamento e dados do ambiente dentro de uma mesma plataforma”, observa Marlos. 

Orientação de políticas de desenvolvimento e investimentos

A plataforma IEDE-RS, é extremamente rica para uma boa orientação dos investimentos. “Ela pode ser vista de uma forma resumida como um componente de uniformização, evitando duplicidade de esforços e centralização de conhecimento. Uma base de engajamento e conexão onde tenha a integração desse grande Hub Tecnológico, e que extrapola os conceitos de georreferenciamento e geoprocessamento e de localização inteligente”, observa o diretor.

Atratividade e novos negócios

A ferramenta se estende até as atuações específicas de cada negócio, de cada área, e é um instrumento básico não apenas de promoção de políticas públicas, mas para a geração de atratividade, de limites e capacidade que temos dentro de cada estado, de ações proativas que hoje a sociedade, e não apenas o estado, pode tomar – ela é uma base para suporte e planejamento para a gestão de um estado.

A infraestrutura do IEDE-RS disponibiliza informações que podem ser consumidas tanto pelo público geral, quanto por gestores e profissionais que necessitam de informação geográfica estruturada, destaca a Coordenadora de Geoprocessamento da Codex, Dionara De Nardin.

Tecnologia de ponta 

As possibilidades da nova base de dados trazem grandes capacidades. “Para fazer isso, usamos um conjunto de tecnologias como o ArcGIS, e a base de dados apresenta uma solução integrada. Ela vai desde a gestão do banco de dados geográfico, passando pela criação de simbologia temática, configuração de geoserviços e padrão OGC, criação de bases de metadados até aplicações Web GIS, dashboards e integração entre portais. Toda a tecnologia utilizada, bem como os padrões de dados e metadados vai ao encontro das recomendações da INDE”, informa De Nardin.

 “Somos hoje uma empresa do grupo Imagem, da plataforma Esri, com milhares de usuários e iniciativas como infraestrutura de dados espaciais globais mundiais. A Esri já suporta hoje uma base sólida, ela não fica nas fronteiras de mapas, ela vai até as fronteiras de negócios da gestão e da capacidade rápida de resposta”, finaliza o Diretor da Codex.

O trabalho resultou em 1.032 mapas e painéis interativos que compõe o Geoportal RS.  Dessa forma, qualquer pessoa poderá visualizar no ambiente virtual, as estatísticas de diferentes órgãos nem sempre fáceis de serem encontradas.

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